O tempo demorou a passar e o Gustavo também não queria sair, pois fez se de difícil e chegámos praticamente às 40 semanas (faltou um dia para chegarmos às 40 semanas).
A espera e a ansiedade das últimas semanas não foram fáceis. O tempo demorava a passar!! O Gustavo sentia se bem na minha barriguinha e não queria vir cá para fora.
No dia 01 de outubro, às 19h12 o Gustavo veio ao mundo, com 3295gr de amor :)
Para quem quer engravidar ou está grávida a minha experiência não foi das melhores e sendo assim a minha opinião da gravidez e do pós parto não é a melhor, mas é preciso ter em conta que cada grávida e cada bebé são diferentes. Cada caso é um caso, muito pessoal e único. Com o tempo tudo esquecemos e minimizamos os acontecimentos!
Entre a gravidez, o parto e os primeiros dias com o Gustavo, o parto foi sem dúvida a coisa menos má. Parece que tudo foi um terror, mas não foi e não se assustem :)
_A gravidez não foi a que tinha imaginado, não foram uns meses fáceis. O melhor da gravidez foi sem dúvida a própria barriga, o sentir mexer do bebé, os olhares ternurentos das pessoas (até mesmos dos desconhecidos) e a possibilidade de ter prioridade (foi útil nas finanças e no supermercado) :)
_O parto não é um bicho de sete cabeças... graças à epidural. Tirando as contrações que tive no próprio dia (parte da manhã) o parto em si não custou nada. O único senão é que hoje em dia sabemos tudo o que pode acontecer e antecipamos todos os momentos. Essa antecipação deixa-nos nervosas, sinceramente a epidural não custou nada e o próprio nascimento também não, foram alguns puxões e ele nasceu. Nos momentos fulcrais fiquei muito nervosa (tremia que nem varas verdes) devido ao que supostamente podia acontecer e o que podia sofrer. Pode ser prejudicial o quanto mais sabemos!!
Quando vemos o bebe pela primeira vez é um momento mágico e é maravilhoso sentirmos que demos à luz um pequeno milagre.
A recuperação do parto, fisicamente falando (pontos, redução do útero...) não é tão penoso como dizem. Penoso são os dias no hospital, principalmente as noites... os primeiros dias em casa também não são nada fáceis! Não se dorme e no hospital se tivermos azar de ter um vizinho ruidoso ainda pior (foi o que me aconteceu). O acumular do cansaço, a falta de dormir e a falta da nossa casa (home sweet home) não ajudam a superar estes primeiros dias nos quais há um grande desgaste físico e grandes emoções.
A saída do hospital com o marido e com o Gustavo foi quando me caíu a segunda ficha. A primeira ficha foi quando vi o meu filho pela primeira vez na sala de partos. É quando nos apercebemos da nova realidade, são momentos emocionantes. À saída do hospital senti medo e receio, pois voltamos para o nosso lar com o nosso filho (deixámos de ser apenas duas pessoas) e sabemos que a nossa vida vai ser completamente diferente e a responsabilidade de ter um filho altera toda a nossa realidade e perspectiva.
_Os primeiros dias com o Gustavo, ou com qualquer bebé, tanto no hospital como em casa são dias muitos pesados. Precisamos de ter muita energia e poder de recuperação. As noites não são fáceis e a partir do nascimento deixamos de ter horários e programas. A única coisa que interessa é o bebé e as mamadas. É um mundo completamente novo, a partir daqui só interessa os turnos da mamada, o arrotar, o mudar a fralda, o dar banho e rezar para que o bebé não tenha cólicas e durma bem! Evitar o choro, porque a uma certa altura já não conseguimos ouvir o bebé a chorar.
No meu caso, foi um processo difícil de adaptação à nova realidade. Sinceramente, não estava preparada. Já passou um mês e já começo a sentir-me mais confortável, mas mesmo assim sinto ainda alguma dificuldade. Não é dificuldade nas tarefas ou em cuidar do Gustavo, mas é que estamos a falar de 24 horas sobre 24 horas, onde tudo recai nos braços da mãe, onde o cansaço e a falta de dormir nos transformam.
O apoio familiar é essencial e sempre que consigam tenham a vossa mãe ao vosso lado.
Outro pormenor que falta referir é a subida do leite... meninas façam muitas massagens e coloquem toalhas com água quente nas maminhas assim que começarem a sentir a subida do leite (as maminhas começam a ficar duras e a inchar).
Ser mulher, mãe não é fácil, somos nós que experimentamos e passamos por tudo. Mesmo que o marido e papá estejam a 100% ao nosso lado, somos nós que sendo mulher e mãe vivenciamos esta experiência e descobrimos este novo mundo. É difícil, desesperamos e choramos, mas também temos um novo amor ao nosso lado que nos faz sorrir. As lágrimas transformam-se em sorrisos e com o passar do tempo tudo fica mais fácil e a capacidade de superar este desafio será mais fácil. É um desafio para toda a vida.
Eu já tinha respeito e admiração pelas mães... a minha mãe está num patamar superior, muito acima do normal, mas com esta experiência maternal tenho muito mais em consideração todas as mães.
Em tudo na vida a imaginação pode-nos ajudar a perceber o que são alguns desafios, mas nem de perto nem de longe conseguimos perceber e sentir o que os outros sentem ou perceber algumas experiências, só passando por elas.
Sempre que virem uma grávida ou uma mãe tenham em consideração que elas deram ou vão dar origem a um milagre e passam por um processo que não é fácil fisicamente e emocionalmente, mas é um privilégio único, extraordinário e pessoal.
Obrigada Gustavo e papá Miguel
I lv you & you
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